Brasil: a retomada pós enchente no Rio Grande do Sul

Brasil: a retomada pós enchente no Rio Grande do Sul

Após dois meses de enchente, o Rio Grande do Sul segue uma dura jornada de recuperação da maior catástrofe natural que o país já viu. A enchente que se iniciou no dia 27 de abril, atingiu mais de 2 milhões de pessoas, e deixou cerca de 640 mil desabrigadas, deixou pra trás um cenário de destruição jamais visto pelo estado.

Após o recuo da água, as ruas do bairro de Mathias Velho, em Canoas, estão tomadas por entulhos, lixo que as pessoas colocaram nas calçadas limpando suas casas, esperando que a prefeitura passasse recolhendo, mas isso ainda não aconteceu. Enquanto isso, a cidade tenta retomar suas atividades normais, vivendo dentre a sujeira. Os carros circulam com dificuldade dentro os montes de lixo.

“Eu paguei 3 caçambas particulares pra limpar minha calçada, pois eu mal conseguia entrar em casa, custou R$350 cada. Paguei R$1050 no total porque o cheiro estava muito forte.” Contou o seu Luiz gomes, de 75 anos, morador do bairro Mathias Velho, Canoas.

A prefeitura anunciou que 3.154 cargas foram recolhidas até o final de maio. Conforme a prefeitura, 81 caminhões realizam oito viagens por dia. Inicialmente, os materiais estão sendo despejados em um terreno na avenida Guilherme Schell, no bairro São Luís, para transbordo. No local, uma montanha de lixo se formou.

Os entulhos são encaminhados diariamente para um aterro em Gravataí. O espaço foi contratado de forma emergencial, com investimento de R$ 91 milhões.