Nesta quarta-feira (29), os representantes do governo brasileiro afirmaram que estão pressionando por uma postura mais aberta ao diálogo por parte do recém-eleito líder argentino. Acreditam que a presença dele na próxima reunião do Mercosul, agendada para o dia 7 de dezembro no Rio de Janeiro, seria um sinal concreto de sua disposição para mudar sua abordagem.

Este encontro marca o fim da presidência brasileira no Mercosul, ocorrendo apenas três dias antes da posse de Milei na Argentina. O atual presidente argentino, Alberto Fernández, foi convidado para comparecer, sendo sua prerrogativa definir a composição de sua delegação.

Já confirmada está a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reunião. Um dos pontos mais relevantes deste encontro diz respeito ao acordo econômico entre o Mercosul e a União Europeia. Após uma negociação de 20 anos, esse acordo foi aprovado em 2019, carecendo agora da ratificação dos parlamentos de todos os países envolvidos para entrar em vigor.

Durante sua campanha, Milei defendeu a saída da Argentina do bloco econômico, mas após o resultado das eleições, houve uma mudança em sua posição, passando a advogar por reformas dentro do grupo.